quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Vai viajar nas férias?



Pra falar a verdade já não aguento mais essa pergunta quando as pessoas querem saber pra onde você vai só pra terem certeza de que a viagem dela tem mais status que o seu. Não aguento mais essa gente. Vão para suas praias de ricos, exibir suas etiquetas de marca e por em prática o seu faz de conta que é legal e inteligente, e, de preferenica, não voltem, por favor, não voltem!

Mas quando me perguntam, eu respondo:

- Vou viajar sim, vou para Land Zeppelin.

Isso causa espanto, mas eu nunca explico onde fica. E ainda, de quebra, falo que estou indo agora, e lá vou eu em direção a mais uma viagem mental.

Dessa vez, em homeagem aos lançamentos de 2009, coloco um dos meus favoritos nos fones de ouvido, e ouvindo "Ninguém Beija Como as Lésbicas" pego a estrada em direção ao meu paraiso.

Sem estrada esburacada e pedágio chego em Land. Aquele climão de férias, quase véspera de natal, um movimento um pouco maior na rua do que o normal numa terça-feira as três da tarde, em especial na loja de reliquias do Elvito, um cara que vende umas coisas bem legais, instrumentos raros, equipamentos e até uns discos antigos, ele tá vendendo bem. Inclusive encontro saindo de lá meus amigos Jorge Arilson e o Página saindo com algumas sacolas e cada um com um pacote de presente.

- Vai lá no Anjos do Balcão e pega os eu nome - falou Jorge para mim.
- Que nome?
- Do amigo secreto.

Caí na risada... Amigo secreto em Land? Mas tudo bem, vai ser divertido, é o espirito natalino tomando conta! Fomos todos em direção ao Anjos, onde já estavam o resto dos bêbados.

Peguei meu amigo secreto e me juntei a mesa. A conversa era o tempo livre das férias, o que fariamos? além de queimar uma carne, ouvir um som e ficar bebado? Tem o festival de ano novo no sítio do Seu Raul, três dias de festa, já tradicional por aqui, do dia 31 até o o dia 2 de janeiro é muito rock, alcool e anfetaminas, segundo meus amigos do balcão.

A conversa continuou no cilma de férias quando então começaram a combinar a programação, eu só pensava comigo, bem melhor que estar na praia naquela competição de roupas e carros mais caros.

O programa era simples, mais muito satisfatório. Nossa viagem começará já no dia seguinte do natal, vai ser muito divertido. Haja anfetamina pra tanta viagem assim, mas eu venho!

Com o roteiro pré-estabelecido, mal posso esperar pra contar tudo o que sobrar na minha memória. Isso sim é que viagem!

E é nessas horas que eu agradeço infinitamente por não gostar do que todos gostam, agradeço por não participar das viagens feitas só pra ocntar o preço aos amigos e exibir as roupas caras e a boa educação. Agradeço por ir além disso!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Foi um tempo que a moda era ser roqueiro


E, hoje, eu confesso abestalhado que eu estou decepcionado!

Então, cheguei em Land Zeppelin de novo, meio conturbado dessa vez, sinto que a porcaria que anda esse mundo musical esta afetando o andamento do que me afeta. Mas consegui, cheguei, estou livre dessa porcaria.

Tudo que se passava na minha cabeça era: "no lugar dessa gente eu teria vergonha".

Não consegui me conter de tanta decepção, fui direto ao Anjos do Balcão pegar uma bebida bem forte para o meu consolo auditivo e visual.

Cheguei lá dei de cara com alguns dos anfetaminados de lá e de boas vindas rolava o Magical Mistery Tour na vitrola. Desintoxicação auditiva, maravilha.

Entre um copo e outro de um conhaque barato fui me dando conta de que realmente estou cheio desse monte de porcaria que somos obrigados a conviver, parece que o mundo virou uma competição de duplas sertanejas mal feitas e desafinadas, e o que é pior, com nomes e músicas cada vez mais patéticos. Não, isso não o pior, o pior é esse povo ridiculo que gosta de tamanha porcaria. Realmente, isso é pra qualquer um mesmo, qualquer um que tem a minima capacidade... e nesse momento acho que eu já estava pensando em palavras altas que Jorge Arilson chegou imendando minha fala:

Qualquer um que tem a minima capacidade...
- Claro, os que passam da minima capacidade, os que vão além do que a midia soca garganta a baixo do povão gostam é de rock. O rock é pra poucos.

E como um consolo veio a frase:

- Daqui 10 anos ninguém mais vai lembrar dessa porcaria, nem os que idolatram essa moda ridicula agora. O rock é eterno.

Talvez se ele estivesse errado não veriamos isso no mundo inteiro realmente, o fato é que o que fica, sobrevive gerações é o rock. Por que onde eu vivo é essa porcaria?

- É tão ridiculo esses caras com as caminhonetes dos papais, com fivela, chapéu e botina ouvindo essa coisa chula mal feita e andando por aí como se fossem donos do mundo.
- Realmente é ridiculo - concordou Jorge - Mas ainda bem que existe essa tal moda universitária, pra esse povo ficar bem longe do rock. Bom mesmo foi o tempo em que a moda era moda de verdade, as pessoas faziam por que gostavam, não pra aparecer, as pessoas gostavam do que gostavam, não do que a midia os forçava a gostar, essa época sim era legal, e disso que vamos ouvir falar daqui 10, 20, 30, 50 anos. Foi o tempo que a moda era ser roqueiro.

sábado, 24 de outubro de 2009

Casa comida e roupa lavada, não adianta nada


A decepção do nosso amigo tava tão grande que talvez só uma caixa inteira de anfetaminas e muita cerveja resolveria. Não me contive e perguntei pro Jorge Arilson o que tinha acontecido. A resposta foi simples e curta, talvez abrangente demais, mas ouvi a palavra: "mulher".

Incrível. Por dois motivos.

Primeiro que eu nunca tinha ouvido a palavra "mulher" no sentido único e correto da palavra lá em Land Zeppelin. Sempre os termos são groupies ou coisa que o valha, ou melhor, que não vale nada, pois é tudo quase sinônimo né, groupie e não vale nada, mas enfim. Minha primeira surpresa ficou ai, eu achava que era impossivel alguem ali se sentir caído por causa de uma mulher.

O segundo, óbviamente, uma consequencia do primeiro, além da palavra mulher, a situação era: caído por causa de uma mulher! Realmente impressionante.

Mas enfim, chegamos mais perto pra ouvir as histórias, reclamações, indagações, decepções...nossa, vamos pegar uma garrafa de rum!

No caminho do meio fio até o Anjos do Balcão perguntei ao Jorge quem era o cidadão que estava ali praguejando a vida da mulher. Esse cara é o bebum do Paulão, bebe como um cavalo, adora uma putaria, já deve ter aprontado várias surubas e coisas afins, só não meteu em gargalo de garrafa ainda. Não contive meu riso, muito menos minha dúvida né. Enquanto isso pegavamos nossa garrafa de rum e uns copos.

Voltando ao meio fio onde estavam uma meia duzia de bebados rodeando outro bebado sentado ti ve que sabar minha dúvida e perguntei ao Jorge:

-Mas se ele foi a vida toda assim "puto", por que é que tá chorando por causa de mulher agora?
-Uma hora a gente paga né - me respondeu o Jorge.

Nos juntamos aos bebados na roda e começamos a ouvir. Uns entendiam, outro faziam de conta que entendiam, outros compreendiam, e, é claro, alguns riam!

-Não vale nada, só quer viver na balada, não vale nada, dei casa comida e roupa lavada mas essa mulher não vale nada-argumentava Paulão.

Agora eu já começava a entender o por que das diferentes reações dos colegas chumbados.

-Eu precisava vir até aqui para esquecer, beber pra esquecer essa filha da puta-continuava reclamando o bebum.
-Mas Paulão, quem é ela?-perguntou um dos bebados.
-A mulher do diabo!!!
-Mas assim é a vida, pense o quanto você já aprontou, uma hora as pessoas pagam mesmo, nunca podeme squecer que tudo que fizerem de alguma forma vai ficar marcado pra sempre.- veio o consolo de outro colega embriagado.

Ele já foi logo se explicando e contando toda a história:

-Quando eu pedi ela em casamento, ela até fez um juramento, falou que iria largar a boemia e voltar rpa casa antes de raiar o dia, mas ainda passa dia e noita na arruaça e só volta fedendo a cachaça, não quer saber de cuidar do lar, não lava, não passa nem quer cozinhar, não limpa a casa, nem arruma a cama, mas volta da farra toda suja de lama. Dei até um anel e ela pôs no prego. Tá toda arranhada, pensa que eu sou cego, vive no celular, basta eu sair que ela corre pro bar. Ontem mesmo ela chegou toda zuada, com a calcinha na mão e a pintura borrada...

Foi entendido o motivo da indignação, mas entre as risadas e os consolos, pudemos ouvir aquele ultimo suspiro de reclamação, que até soou com um ar de alívio:

-Mas eu to chorando por causa de um chifre? Eu só tenho um, ela tem mais de cem e "foi em quem pos"!!!! - sentiu-se vitorioso Paulão.

Já levantando abrindo duas latinha de cerveja para serem bebidas ao mesmo o bebum ficou só de cueca samba canção andando por lá exibindo sua pança de alcool e caçando alguem para o "abra essas pernas" da vez.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Essa ganhou o lugar em Land Zeppelin


Depois da declaração sobre a opção por posar nua, Fernanda Young é a próxima convidada a fazer parte de Land Zeppelin. Realmente uma relação de motivos que mesclam (extrema) inteligencia com razões pessoais. Se todas fossem assim o mundo (não esse mundo aqui, Land Zeppelin é legal!) seria bem mais que bundas loiras, duplas sertanejas e Big Brothers de cerébros ocos e carnes nuas.

"Fernanda Young aceitou o convite da revista Playboy para posar nua. Entre as exigências a apresentadora pediu que participasse de toda produção e que as fotos fosse feitas pelo seu amigo Bob Wolfenson.
A também escritora que será capa da edição de novembro ou dezembro, listou em seu twitter os dez motivos que a levaram a aceitar o convite.

1) Salvar o erotismo das mãos da breguice.
2) Não devo nada a ninguém.
3) Em alguns lugares do mundo, mulheres ainda são obrigadas a tampar seus corpos.

4) Vingança pura e simples.
5) Nos meus livros, eu me exponho mil vezes mais
6) Vou fazer 40 anos ano que vem.
7) Irritar a minha mãe.
8­) Estou me lixando para o que os idiotas vão achar.

9) É a primeira vez na história que a coelhinha da Playboy tem 8 romances publicados.
10) Não existem ex-BBBs suficientes (aleluia). "


Estamos ansiosos aguardando a sua passagem pelo mundo colorido de anfetaminas!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Deve haver...


Deve haver alguma coisa que ainda te emocione
Deve haver alguma musica que ainda te emocione
Deve haver algum acorde que ainda te emocione
Deve haver alguma letra que ainda te emocione
Deve haver alguma banda que ainda te emocione
Deve haver alguma coisa que ainda te emocione

Deve haver alguma coisa que ainda te impressione
Deve haver alguma boca que ainda te impressione
Deve haver alguma língua que ainda te impressione
Deve haver aquele beijo que ainda te impressione
Deve haver alguma posição que ainda te impressione
Deve haver alguma coisa que ainda te impressione

Deve haver alguma coisa que ainda te apaixone
Deve haver algum amigo que ainda te apaixone
Deve haver alguma foto que ainda te apaixone
Deve haver algum fato que ainda te apaixone
Deve haver uma garota que ainda te apaixone
Deve haver alguma coisa que ainda te apaixone

Deve haver alguma coisa que ainda te emocione
Deve haver algum momento que ainda te impressione
Deve haver uma lembrança que ainda te apaixone
Deve haver uma risada que ainda te emocione
Deve haver aquela droga que ainda te impressione
Deve haver aquele abraço que ainda te apaixone
Deve haver aquele silêncio que ainda te emocione
Deve haver uma solução que ainda te impressione
Deve haver uma surpresa que ainda te apaixone
Deve haver alguma coisa que ainda te emocione

Deve haver alguma coisa que ainda te decepcione
Deve haver aquela banda que ainda te decepcione
Deve haver aquela boca que ainda te decepcione
Deve haver aquele beijo que ainda te decepcione
Deve haver algum amigo que ainda te decepcione
Deve haver algum fato que ainda te decepcione
Deve haver uma garota que ainda te decepcione
Deve haver uma lembrança que ainda te decepcione
Deve haver aquele silêncio que ainda te decepcione
Deve haver uma solução que ainda te decepcione
Deve haver uma surpresa que ainda te decepcione
Deve haver alguma coisa que ainda te decepcione

Deve haver aquela musica que ainda te emocione
Deve haver aquele beijo que ainda te impressione
Deve haver uma pessoa que ainda te apaixone

Ainda deve haver alguma coisa assim...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Ninguém sabe o que, mas era!


Quando dei por mim estava entrando no Anjos do Balcão, dessa vez já era bem tarde da madruga, estavam todos embriagados e entorpecidos, o Anjos já estava quase fechando, mas ainda estavam todos lá atentos a história que contava aquele desconhecido. Cheguei na parte em que ele contava:

E aí eu estva lá no meio do show, vi aquela luz enorme no céu, pensei: "agora ele não vai me perdoar, vieram me buscar". Aquela porcaria daquela luz ficava cada vez mais intensa, me borrei e acabei gritando no microfone: "Chegou minha hora, é Deus." Todo mundo viu aquela luz, mas ninguém sabia que diabos era aquilo, o apavoro tomou conta da equipe e do publico, e aí eu decidi, chega dessa loucura, o negócio agora é segui a luz!

Imagine só o grau de embriaguez, pensei comigo.

Pois bem, antes que minha loucura passasse fui me certificar do tal acontecimento e daquele desconhecido que levantava da cadeira e ia embora tomando uma garrafa de água "benta".

Achei meu amigo Jorge Arilson e fui lá perguntar quem era aquele pregador da palavra da luz. Jorge Arilson ainda rindo da conversão do cara me respondeu:

-Esse é o tal do Pequeno Ricardo.
-E essa história de seguir a luz?
-Ahh, ele surtou que via Deus e que Deus mandava sinais para ele se converter, ficou louco.
-Mas e a luz?
-A luz foi o último sinal, foi quando ele realmente ficou com medo do Deus dele.

Minha loucura foi dimunindo e eu fui voltando lembrando de uma história que eu já tinha ouvido, um cara muito louco que tocava um piano muito louco também.

E aí que fui entender a história, o cara começou a achar que recebia sinais de Deus para parar com o rock e virou cantor gospel (ótimo pra eles né, mais um pra pagar as doações obrigatórias), essa história de luz no céu foi um clarão que o tal viu durante um show sabe-se lá aonde, era uma luz enorme, talvez realmente assustadora, mas com certeza não era Deus querendo matar o pobre rockeiro. Sei que o cara realmente ficou com medo.

Depois disso ele encerrou a carreira, e até hoje anda por aí (e olha que até em Land Zeppelin ele já chegou) pregando a palavra e o medo da luz, que coisa não? Continuo pensando "imagina o garu de embriaguez, mas enfim...

Até hoje uns concordam com ele, outros dizem que era um cometa, outros que eram extra-terrestres, cada louco com sua teoria, já até ouvi falar que era Sputinik.

Minha volta dessa viagem foi marcada pela voz do Jorge Arilson falando:

-Deus aqui em Land Zeppelin é o Borra, o João, o Paulo, eu, o Página, o Planta... Essa história de religião acabar com o rock é invenção dos invejosos que não acreditam em coisas tão concretas quanto nós!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Sorte ou azar?


Eu, como sempre, por lá meio bêbado e "ácidado", olho em um dos cantos do Anjos do Balcão e vejo ali um casal de lésbicas conversando, tipo discutindo a relação, entre carinhos e beijos uma tentava convencer a outra de algo. Tava legal olhar, as gurias eram bem gatas, corpinhos bem feitos, pele clarinha, olhos azuis, peitinhos apontando para os peitinhos da outra, barriguinhas durinhas e fininhas, aquele estilo rock, tatuagens e piercings estratégicos, o exato perfil das lésbicas do mainstream.

Bom, eu a essas horas, depois de tantos detalhes já estava me babando e querendo estar no meio. Pedi mais uma garrafa de cerveja e continuei observando aquelas carícias maravilhosas.

Eis então que depois de um gesto com a cabeça de uma delas concordando, a outra (a que tentava convencer a parceira de algo anteriormente) levanta-se da cadeira e vai em direção a mesa de sinuca, lá uns caras jogavam e bebiam, eram os Quem, a guria foi até o Lua, cochichou algo no ouvido dele, apontou a sua parceira que estava no canto sentada, deu uma passada de mão no orgão sexual do cara e aí nao teve jeito, tive que prender a risada enquanto via o tarado largando o taco de sinuca e o copo na hora e indo atras daquela groupie lésbica.

Ficaram lá os três, conversando, o Lua pegava uma delas violenta e descaradamente, mas a outra não se aproximava muito e demonstrava não estar muito a vontade com um pau no meio das duas, o máximo que ela cedia era uma passada de mão nas coxas e nos peitos de vez em quando. Aos poucos aquele canto virou a atração do bar.

Fiquei de queixo caído enquanto via, depois de muito esforço do Lua e da lésbica mais safadinha, rolou uma chupada de peitos dupla em público, a safadinha tirou os seios pra fora, num instante o Lua ja enfiou o cara em um deles e então ela puxou a cabeça da envergonhada ateh o outro seio e a guria não resisitiu, caiu de boca naquele peitinho durinho da amiga.

A coisa estava tão atrativa que o trio até ganhou um litro de conhaque e uma rodada de docinhos do bar. Nisso chegou meu amigo Jorge Arilson e me falou: nesse caso eu preferia elas do que os docinhos.

-E quem são essas? - perguntei.
-Não lembro os nomes, mas sei que são gostosas e são duas. - respondeu ele
-De vez em quando elas aparecem por aí, mas o negócio daquela ali mais envergonhada não é homem não, ela gosta mesmo é de descolar o velcro. A outra ali, com cara de putinha, é que é a vagabunda da história, sempre anda por aí querendo dar pra todo mundo, querendo organizar umas festinhas, surubas... - continuou Jorge.

Para encurtar a história, era o que eu imaginava mesmo, uma lesba certinha e a outra piranha, a piranha quer um pau no meio, a outra não, era essa a tentiva de convencer que rolava um pouco antes. Ao que tudo indicava ela estava conseguindo, pelo menos parcialmente.

Depois de algumas horas naquele aquecimento em trio, finalmente levantam-se os tres, vão até o balcão, pedem uns comprimidos coloridos e saem do bar, como se niguem soubesse o que aconteceria desfarçaram os olhares. Eu não, olhei mesmo, e elas viram, sequei as duas lésbicas, como diria o pessoal da modinha que usa chapéu e fivela: "comeu co zóio". Fodam-se (inclusive o pessoal de chapéu e fivela, principalmente)

Uma mosca veio, pousou do lado do meu copo e começou a falar tudo que acontecia naquela transa a tres do pessoal que tinha acabado de sair do bar. Já depois de muita depravassão ouvi aquela moscar falar: "cagada, o Lua espirrou lá dentro, se fodeu".

Pensei com todas as minhas forças que ao menos tivesse gozado dentro da vagabundinha né. E não, ele tinha gozado dentro da outra coitada, que nem gostava de pau e tava lá pra satisfazer a companheira, uma desgraça. Não sei se foi azar ou se sorte do Lua naquela noite.

Fiquei sabendo depois que a torcida do pessoal estava grande para que tivesse sido apenas uma gozada desperdiçada lá dentro e que nenhuma vida estava se formando. Mas os boatos disseram que não foi isso o que aconteceu.

Verdade ou mentira? Não sei, só sei que aquela coitada nunca mais apareceu em Land.

E a outra? Sempre ta por lá junto com as groupies organizando as farras sexuais. As dela, do pessoal e das groupies.

Sorte ou azar? Sei lá. Acho que sorte do Lua e azar da lésbica. Talvez agora uma mãe lésbica.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O aniversário do Jorge Arilson


Uns dias antes o meu amigo na terra colorida de Land Zeppelin tinha me convidado para uma festa de seu aniversário, lê-se festa de aniversário como bebedeira, prostituas e foguete. Ele falou que ia rolar um churrascão, muita cerveja, os amigos e umas gurias. Aquela tradicional frase também acompanhou o convite:"-Traga o que for beber". Ótimo, se todo mundo levar o que for beber tudo bem, o problema é que em Land Zeppelin as pessoas bebem mais do que levam.

Fui lá até a casa do Jorge, encontrei a principio só alguns dos caras que eu via no bar e andando por Land, a festa começando aos poucos, uns fazendo o fogo, outros colocando suas bebidas pra gelar e um whisky esperando pra ser aberto em cima da mesa, como se fosse a atração da noite. Bom, lá vamos nós abrir aquele whisky.

Rolando um som bem anos 50 e 60 na vitrola, um som improvisado diga-se de passagem, e as fotos da garrafa sendo aberta e toda aquela bagunça. Jorge bebeu, depois o Paulo, o João, o Strela, o Página, todo mundo colocando sua dose no copo. Depois descobri que essa era a tradição, o aniversariante sempre deve oferecer uma garrafa de whisky aos convidados mais amigos. O wisky acabou e por vontade nossa a cerveja já havia gelado. Começamos então a encher e esvaziar nossos copos freneticamente.

O churrasquinho foi começando, as carnes saiam do fogo e iam direto para aqueles estomagos laricados. Logo começaram a aparecer as gurias e as drogas. A diversão ia começar. Sexo, dorgas e rock n roll, chegou a hora do show, como dizem por aí.

Jorge se atravessou e:
-"Calma, calma pessoal, é meu aniversário, vamos devagar pra aproveitar bastante"

Nisso o página já estava se drogando, mas tudo bem, o rock também tem seus exageros. O alcool e os cigarros tomavam conta da mente das pessoas que pouco a pouco já iam procurando suas caças.

E o churrasco? Que churrasco? Só se lembraram daquelas carnes torrando a hora que a larica voltou aos seus estomagos. Por equanto a unica comida que passa naquelas cabeças dementes é outra.

Eu, como sempre, observava toda aquela coisa, uma bela festa de aniversário, todos bebados, mulherada, cerveja gelando e muita festa por rolar noite a dentro.

Eis que Paulo e João chamam a atenção de todos e começam a grande surpresa. Eles tem dois bolos... Dois? Pra que? Digamos que um era normal, o outro enorme. Logo suspeitei, ainda faltavam as prostitutas e os foguetes... nas festas em Land Zeppelin sempre tem algo por vir.

Primeiro veio o bolo dos foguetes, mas eram foguetes psicológicos, creio eu, um bolo coberto por balas e doces, a galera adorou, comeu o bolo todo e os efeitos foram fantasticos.Os Foguetes.

Faltavam as prostituas, veio então AQUELE bolo... enorme, com um laço, uma trilha sonora de boate e o bolo foi se abrindo... nem preciso terminar né.

A festa foi boa, divertida, me lembro que enquanto o bolo se abria ouvi o Jorge gritar:
-"Beleeeeezaaaa... Cachaça, foguete e putas!!!!"

sexta-feira, 31 de julho de 2009

As ondas sonoras criaram um apelido


Era um esperado dia em Land Zeppelin, todos se preparavam para um show que iria rolar, vale dizer que preparavam-se psicologicamente, fisicamente e alcoolicamente. O ponto de aquecimento foi o Anjos do Balcão, é claro. Todo mundo foi se encontrando e os copos enchendo e esvaziando. No bar também tava o pessoal das Pedras, a banda que iria tocar a noite no palco montado na rua.

O pessoal ali da cidade havia agilizado um show no meio da rua, que seria aquela noite, a banda escolhida foi a banda do Micka, do Keita, o pessoal chamava eles de Os Pedras. Os caras mandavem bem, falavam de flores mortas, simpatia com o demônio, mas a energia dos caras era bem positiva.

Só pra variar, todo mundo se embriagou no Anjos do Balcão, e aos poucos foram descendo a rua em direção ao tal palco. O pessoal da banda estava bem empolgado, bebado e alucinado. Eles chegaram e ficaram bebendo e se entorpecendo ao lado do palco, até um deles lembrar que eles deviam subir e tocar. Lá foram eles.

A energia era impressionante. Aquele magricelo meluco dançando no palco, o cara detonando a guitarra e nos olhava com uma cara como se não soubesse o que estava rolando, uma quebradeira, foi muito foda. O público pulava, dançava, bebia, algumas das groupies que apareceram aquele dia ateh tiravam suas blusas deixando os seios a mostra, mais uma loucura.

Era um show que nunca acabava, eu já tinha ouvido a simpatia do demonio, as flores mortas, não pare, e uma canção onde Micka falava pra passarmos a noite juntos, e toda aquela galera curtindo o bom rock n roll foi no embalo e a noite rolou movida a rock, alcool, sexo e anfetaminas.

Visivelmente o Keita estava completamente drogado, fora de si, em uma viagem que com certeza poderia chegar a Land Zeppelin, até parecia que ele conversava com o amplificador.

Depois do fim do show a diversão continuou. Cerveja e groupies para a gente! Durante todo esse pós show, o Keita veio andando atá o meio do pessoal, parou no meio da roda e ali fez história, começou a contar sua experiencia do dia:

-"Não sei se exagerei hoje, mas o amplificador falava comigo, eu via nas ondas do som letras do alfabeto, tudo colorido, ele ia falando elas uma por uma... A, B, C, D, E(...)Q, R, S, T, U... quando chegou nessas três últimas travou ele ficava as repetindo e ia falando comigo: S, T, U... S, T, U... S, TU... STU... STU... STU...STU. Foi isso que eu ouvi a noite inteira, o amplificador me chamou de STU a noite toda."

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Quando acabar o maluco sou eu


Como de costume depois do expediente em Land Zeppelin rolava o happy hour no Anjos do Balcão, estavamos lá, conversando e falando mal da vida, sempre acompanhados dos copos de cerveja, alguns na sinuca, outros no jornal, mas a maioria por ali jogando conversa fora e comendo amendoim... claro, depois de um dia tão estressante, mal sabem vocês que a vida é dura em Land Zeppelin.

Quarta-feira, dia de futebol, o happy hour se prolonga até o jogo, e o bar vai lotando, até parece que é sábado. Até o Seu Raul aparece por lá, ele que nunca sai do sitio, resolveu ir tomar umas cervejas com os amigos. Jorge Arilson chegou também, e a roda foi crescendo, cerveja vai e cerveja vem, os copos iam esvaziando cada vez mais rapido e as mesmas histórias cada vez mais engraçadas.

Seu Raul, o velho sentado na porta do bar, era o centro da conversa, todos prestavam atenção nos seus contos mirabolantes, coisas da cabeça de um Raul, só podiam mesmo. A maioria delas divertidas demais, as histórias e o fumo nunca acabavam, e ninguém lembrou-se da porra do jogo, as histórias estavam demais, uma maluquisse.

Já bem tarde da noite, depois de muita embriaguez e vários tipos de pirações diferentes, eis que avistamos um cara subindo a rua do Anjos, chapéuzinho quadrado e violão nas costas, o cara só nos olhou e falou:
-Eu vim da highway 61, e as histórias são boas.

Nós queriamos continuar ouvindo as histórias do Seu Raul. Mas ocorreu um minuto de silencio repentino após as nossas fichas caírem... "Highway 61??? as histórias devem ser boas".

Voltamos a atenção a roda de pessoas e Seu Raul e o tal cara que niguém conhecia estavam se olhando como se se conhecessem há vários anos, velhos amigos. O cara tirou aquele chapéuzinho quadrado, vestiu os óculos escuros, olhou para o Seu Raul e falou:
-Continue suas maluquisses, também quero ouvir.

E as histórias continuaram, o conto sobre uma mosca na sopa e um tal carimbador maluco, não sei da onde ele tirava essas histórias, talvez fosse culpa da droga e da bebida. Mas a criatividade realmente era fantastica, e o cara lá, vivendo naquele sitio muito louco.

Lá pelas tantas, Seu Raul direciona a pergunta ao maluco da highway 61:
-Mas como você se chama, meu amigo Pedro?
-Pode me chamar de judeu.

Caímos na gargalhada né, todos. Como poderia judeu ser o apelido de alguém. Mas enfim, o cara não se abateu e manteve o ar de mente brilhante. Enquanto riamos, ele recolocou seu chapéu, pegou o violão e começou a cantar uma história.

O cara era realmente doido... ficava nos perguntando em suas canções qual era a sensação de ser uma pedra rolante. O Micka e o Keit Ricardo que gostaram.

De repente, o doido simplesmente virou as costas e saiu cantando e tocando aquele violão velho, as ultimas palavras que dava pra ouvir eram "Eu vou morar por aí". Tomara, pois o cara até que era divertido. Tomara que volte sempre.

Quando aquela sombra tocando e andando sumiu rua abaixo, Seu Raul logo falou:
-"E depois o maluco sou eu..."


Trilha Sonora: Bob Dylan - Highway 61 Revisited

sábado, 18 de julho de 2009

Valendo uma guitarra


Consegui, cheguei em Land Zeppelin em pleno sábado de madrugada, imaginei que já iria encontrar todos enlouquecidos correndo pelados pelas ruas, afinal de contas era sábado. Corri para o Anjos do Balcão, cheguei lá e surpresa... Cade o rock em volume excessivo, as groupies semi nuas se esfragando em todo mundo, a gritaria, as bandejas coloridas e as garrafas de rum? Ufa.. as garrafas de rum eu achei!

A farra era outra naquele dia, eis que chegou algo embrulhado no boteco a tarde, uma caixa grande e pesada, onde tinha uma carta propondo um torneio de sinuca, e o vencedor levaria aquela caixa, me contou o Jorge Arilson. Eles abriram o tal embrulho e lá estava uma guitarra maravilhosa, modelo único, numerada 001, uma gruitarra de corpo branco, braço preto, detalhes em dourado e um falcão desenhado no seu escudo dourado. A guitarra brilhava, era algo fantastico, nunca visto pelas almas embriagadas que frequentavam aquele boteco.

Como era de esperar, iniciou-se o tal torneio de sinuca. Explicado o motivo de tanta concentração dentro do Anjos do balcão naquela noite. A paisagem do ambiente era engraçada, incomum, eu diria, mas como bom curioso que sou, sentei e começei a observar.

No verso de um velho cartaz de propaganda de pinga barata estava a tabela, colada na parede e feita com uma caneta vermelha, Seu Raul era o responsável por anotar os resultados, em volta da mesa estavam os participantes, poucos premiados a concorrer ao falcão branco, como apelidaram a tal guitarra. Nas mesas estavam alguma groupies bebendo e fumando, as mais fanáticas estavam junto de seus "amigos" prediletos, massageando e acareciando durante a preparação para a próxima partida.

Me concentrei no torneio, fui acompanhar a competição, o Mestre Borra ganhou do seu Estrela e se classificou para a proxima partida. Na outra João ganhou dos irmãos Jovens (sei lá como, mas eles estavam jogando em 2 contra 1). Página e João Paulo tramaram um duelo também onde o Página saiu vencedor. E o outro classificado foi Endriquez após ganhar do meu amigo Jorge. Jorge, desclassificado, pegou um litro de rum, 2 groupies e veio até a mesa onde eu estava.

Proposta cretina essa dele, o litro de rum e as groupies, óbvio que esqueci de acompanhar as demais partidas. Pegava alguns detalhes, como o Mestre Borra ganhando um sexo oral de uma groupie enquanto se preparava para a partida contra o Página, e quando foi chamado para a partida ele desisitiu para continuar recebendo o favor da sua "amiga".

O tal torneio ia rolando e o nosso litro de rum acabando, as groupies da nossa mesa já estavam se beijando, eu em ponto de querer entrar na festa ouvi os gritos do João: "Ganhei, ganhei, ganhei". João ganhou a última partida e seria premiado com a tal Falcão Branco 001. Eu e o jorge não estavamos nem aí para aquele doido varrido animado por ter ganho aquela guitarra, nosso estado era ruim e nossas vontades piores ainda, aquelas groupies estavam querendo sacanagem (só pra variar).

Quando achei que ia me dar bem, Jorge me olhou e disse:"-Man, estamos indo, até a próxima". Eu me perguntei: Como assim? Até a próxima, e eu? E ele foi levantando da mesa com as duas groupies abraçadas, pegou mais uma garrafa de rum do balcão e se mandou com as gurias.

Foi uma coisa estranha, duas groupies safadas, litros de rum, torneio de sinuca, uma guitarra branca... vai entender essa Land Zeppelin. Talvez o fato do João ter ganho aquela guitarra tenha sido importante e seja isso que eu lembre dessa experiência pro resto da vida e não de que elas estavam as duas ali tão fácil e eu não comi ninguém!


Trilha Sonora: Júpiter Maçã - A 7ª Efervescencia

sexta-feira, 17 de julho de 2009

As backmaskings do Página


Era uma noite de sexta-feira qualquer, todos reunidos no Anjos do balcão decidindo o futuro da noite. Nem imaginavamos que a loucura aquela noite iria além do normal.

Desde o começo notei que o Página não estava em seu ânimo normal, parecia que previa que algo o esperava naquela noite e até exagerou nas suas doses. Mas como o ambiente no Anjos do Balcão nunca é ruim, logo começou a farra, garrafas de rum para todos os lados, cigarros e as groupies chegando, como normal. A jukebox começava a engrenar, as pessoas a dançar e esvaziar seus copos.

Como sempre, o rock e os entorpecentes rolando, Página tomou conta do ambiente, movimentos esquisitos e palavras estranhas, parecia que falava algo de trás pra frente, ninguem entendia nada, até que resolveram gravar. A pergunta era: Quem vai querer ouvir algo que foi gravado ao contrário?

Quando a euforia diminuiu todos se sentaram em um círculo, Página pegou um violão e a diversão da noite estava garantida, o rock ia rolar solto nas mãos daquele entorpecido, e de repente recomeçaram as palavras confusas, e quando pensaram em gravar novamente ele começou a compor novas canções, era algo estranho, mas ele falava: "- Essas não ouçam ao contrario, não vou fazer pra isso."

Página compos um solo de incio de música fantástico, uma música linda, a sensação ao se ouvir aquilo era inexplicável, fazia os pensamentos flutuarem, relaxante, uma escadaria até o céu. Ouvimos aquilo e ficamos impressionados, Página não tocou mais, apenas largou o violão, levantou e falou indo embora:
-"Algumas pessoas ainda vão achar coisas ruim nisso tentando entender o que eu quis dizer, vão revirar e ouvir até de trás pra frente procurando meu erro e vão se enganar, é tudo uma mera coincidencia."

Não vimos mais o Página naquela noite, mas a vontade de ouvir de novo aquelas notas era imensa. Sem entender o que ele quis dizer antes de ir embora ficamos pensando e ligando os fatos da noite, e achamos que ele não esconderia nada em suas canções, mesmo assim, após revirarem procurando algum defeito as pessoas iriam criar um.


Trilha Sonora: Led Zeppelin - IV

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A descoberta da ressaca e do submarino amarelo


-Bom dia!
-Bom di... onde estou??????????
-Relaxa man, essa é nossa praia.

Eu não acreditava, eu consegui acordar em Land Zeppelin, a diversão deve ter diso intensa.
Em minha volta estavam todas aquelas pessoas do dia seguinte, umas acordando peladas, outras já em pé correndo pela praia, outras já bebendo as primeiras cervejas do dia, numa rodinha estavam o Página, o Planta, João Paulo, o Borra e o Endriquez já rodando o primeiro cigarro, e em toda praia muitas, mas muitas das tais groupies.

Achei o Jorge e fui perguntar como tinhamos ido parar lá. E por incrivel que pareça ele me respondeu:
-Não sei, ninguém sabe, nunca sabemos.
-Como assim? - Perguntei desentendido.
-Sempre que a farra é boa e todos ficamos bebados dormindo na esbórnea, no outro dia acordamos aqui na praia, sei lá, alguém nos teletransporta, essa praia do submarino é mágica, alguma força desconhecida nos traz pra cá, aí é só acordar e correr pro mar que não tem ressaca, como se fosse mágica, ou sei lá, deve ser coisa desse submarino amarelo.

Realmente havia um submarino amarelo ali, e eu tinha certeza de que já tinha ouvido algo sobre um submarino amarelo em algum lugar, mas enfim, não consegui conter a curiosidade e tive que perguntar ao Jorge:
-Mas e esse submarino, da onde?
-Ótima pergunta, man. Ele simplestemente apareceu aí, os primeiros a verem foram o Paulo e o João, eles estavam aqui, na praia e de repente viram uma luz muito forte na água, sabe-se lá o que eles haviam tomado, e se jogaram atrás da luz. Eles me contaram que simplesmente bateram a cabeça em algo muito forte, brilhante e amarelo, e apagaram. Quando acordaram estavam na superficie, em cima das ferragens amarela de um velho submarino e sem dor nenhuma.
-Com certeza é algo milagroso esse tal submarino amarelo. - Respondi.

Fomos caminhando na areia em direção ao mar que banhava o submarino milagroso, desviando aquelas groupies peladas deitadas na areia e saceadas de sexo... ahhh o rock! As pessoas recém acordadas corriam para o mar e saiam novas, já reiniciando a bebedeira e toda a loucura. Um feriado sem fim? Uma diversão sem fim? Foram as perguntas que fiz ao Jorge enquanto viamos uma groupie nua pedir um trago do cigarro do Página e já levar a mão dele ao seu seio.

-Respondendo a sua primeira pergunta: O feriado acaba sim, amanhã só. Hoje a farra é menor, é só para rebater a bebedeira de ontem e as pessoas começam a ir embora.
-Que loucura!
-Realmente, uma loucura, mas isso é Land Zeppelin, meu caro. Nós somos os "nowhere mens", e, respondendo sua segunda pergunta, feriado ou não, aqui a diversão não acaba nunca.

Não podia ser melhor, a água que vinha daquele submarino realmente era mágica, tão limpa que podiamos ver os pés, e também duas garotas peitudas se beijando a poucos metros de nós. Jorge me olhou e falou que sua ressaca já tinha ido embora e que estava indo cumprir sua obrigação, e, lá foi ele em direção as duas gurias que se beijavam, com certeza se divertiram muito.

Minha curiosidade era tão grande que não resisiti a um mergulho em direção ao submarino, me afundei na água e já não lembro de mais nada, mas tenho certeza, eu vi o submarino amarelo!


Trilha sonora: The Beatles - Yellow Submarine

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Um brinde ao rock


Feriado em Land Zeppelin... acabo de chegar e me pergunto: Feriado? Por que?

E, como se não fosse óbvio, veio lá de cima aquela voz batendo como um grave compulsivo acompanhado de todas as viradas de bateria possíveis: "Dia mundial do rock, meu filho!". Era o Mestre Borra dando sua palavra.

Fiquei sem saber se isso era bom ou ruim, Como será um feriado em Land Zeppelin? Mas enfim, caminhei até o Anjos do Balcão e nao havia ninguém, nem mesmo garçonetes. Seria esse um dia mundial do rock muito sem graça. Sai do boteco e continuei andando pela cidade procurando alguma alma viva a fim de entorpecer.

Parecia que ja fazia uma eternidade que eu estava sozinho ali naquela cidadezinha deserta, mas foram só algumas músicas (o que restava da minha consciencia havia me lembrado disso) e então, junto com Shot Down vieram algumas pessoas correndo na rua como se tivessem atrasadas para algo, sem me questionar resolvi segui-los. E acertei!

Chegamos em um local afastado da cidade, tinha mato, e apenas mato, por toda parte. Logo a frente um portão de fazenda, escrito "Sitio do Seu Raul", e a medida que fomos nos aproximando fui ouvindo aquele barulho conhecido e agradável... É rock!

Parecia com um Woodstock miniautura, no fundo um palco, em uma das laterais um bar, na outra uma mistura de pessoas nuas, umas urinando, outras usando drogas e outras fazendo sexo. No meio do povo que assistia um cara com umas roupas esquisitas e muito coloridas botar fogo em uma guitarra estava aquele magricelo estranho, com o mesmo terno, gravata e botas da ultima vez que o vi. Me aproximei de Jorge, enquanto delirava com a guitarra em chamas ele me reconheceu e foi me apresentando umas pessoas novas, eram o Estrrela, o Paulo e o João... - "Aqueles das groupies"- disse ele.

Paulo virou pra mim e disse:"Man, é a maior celebração de rock da Land, o melhor feriado de todos, divirta-se!" Foi o que fiz... O som não acabava nunca, muito menos a cerveja e o rum. Entrei num transe inexplicável, ouvia uns caras tocar, aquilo sim era rock n roll, os acordes de dois irmãos chamados de Jovens entravam rasgando meus timpanos, uma diversão perfeita.

O dia mundial do rock, com muito rock, e, cada vez mais rock!Eu olhava a minha volta e havia cada vez mais pessoas, lembro de ter encontrado algumas delas no dia do Anjos do Balcão com o Jorge. Estavam todos lá: Página, Planta, Jorge, Paulo, João, Estrela, o Lua, Bom Escort, o Mika, o Élvio, José Ramone, os irmãos Jovens, Seu Raul, o Curto Kobam, Endriquez e até o mestre Borra pulava entorpecido. E, de repente, como se fosse combinado, todos os copos de cerveja se ergueram em um movimento sincronizado e ouviu-se palavras mágicas ditas por todos em uma só voz: "UM BRINDE AO ROCK!!!"... e então todos aqueles copos esvaziaram-se rapidamente garganta a baixo daqueles doidos varridos sedentos por rock, cerveja e diversão.


Trilha Sonora: ACDC - Highway to Hell

sábado, 11 de julho de 2009

A primeira impressão é a que fica



E tudo foi ficando colorido, a música entrava profundamente na minha cabeça, e eu conseguia ouvir barulhos, conversas, carros, quando dei por mim, lá estava eu num lugar muito estranho. As pessoas eram conhecidas, estavam todas embriagadas e se divertindo, mas afinal, onde eu estava? Me vi meio perdido no meio de uma rua, sem saber o que estava acontecendo, e, de repente eu escuto uma voz "Bem vindo a Land Zeppelin". O que foi que pensei? Morri, é claro... overdose? E aquela pessoa falava comigo se aproximando: "Não se assuste, aproveite, daqui a pouco tudo vai voltar ao normal." E foi aí que me toquei: "Devo estar nos meus sonhos..."

Aquela pessoa magricela, vestindo um terno preto, camisa branca, gravata slim e uma botinha veio andando em minha direção com uma bag de violão nas costas e me falou: "E aí, eu sou o Jorge Arilson, e você quem é?" Sem tempo de responder aquela pergunta, o cara que parecia um beatle já me puxou e fomos caminhando em direção a um bar com um letreiro mal feito na frente onde estava escrito "Anjos do balcão". Entrando no tal bar, vi várias pessoas, elas tomavam cerveja e ouviam a canção Sweet Virginia dos Stones, logo pensei: "É aqui mesmo!". Nisso o Jorge vira pra mim e fala que aquele era o lugar onde as pessoas legais de Land Zeppelin se reuniam e com certeza eu iria querer voltar.

Jorge começou a me apresentar as pessoas:
- Aquele com a cabelera é o James Página, é um dos melhores com uma guitarra. O outro ali acendendo o cigarro é o Mika. O doidão sem camisa é Bom Escort, aquele outro dançando feito louco pode chamar de Lua. Ah, e aquele ali flertando a gatinha é o Roberto Planta.
- E a guria quem é? - Perguntei.
- Não sei, elas sempre aparecem aqui e desaparecem, ficam por ai dando mole pra gente e depois somem. O João Leno e o Paulo deram o nome de groupies pra elas, nunca sabemos quem são mas sempre tão por aí com a gente.

O disco dos Rolling Stones na vitrola, as pessoas bebendo, dançando e se pegando, eu assistia tudo aquilo ainda meio sem entender, mas confesso que estava achando muito legal. Era algo sem explicação, aqui as pessoas são legais, ouvem rock, fazem o que querem sem vergonha do que os outros vão pensar. Gostei!

E de repente a música foi ficando baixa e as pessoas desaparecendo, a ultima coisa que me lembro é a voz do Jorge gritando: "Volte sempre, man!"


Trilha Sonora: Rolling Stones - Stripped

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Não é um blog sobre o Led Zeppelin


Land Zeppelin é o nome dado a cidade de fantasia criada na mente embriagada de um alucinado sem lembranças da vida real, a cada volta de uma viagem somente lembranças da fabulosa land zeppelin. Na irreversível vontade de contar os acontecimentos vistos ou vividos por ele em land zeppelin surgiu o blog da cidade imaginaria. Uma anfetamina, um disco no aparelho de som e na volta sempre boas histórias. E como amante do bom e velho rock'n'roll, sempre no final de cada post estará o disco que foi a trilha sonora do encontro com Land Zeppelin da vez.

É uma cidade pacata, apenas algumas ruas, muitas subidas e descidas, alguns bares, mas o maior de todos, o famoso "Anjos do Balcão", o ponto de encontro do rock n roll, tudo liberado, bebida, drogas, putas e foguete. A cidade é governada pelo mestre João Borra, e tem uma repartição pública onde a maioria dos habitantes trabalham durante o dia para tirar sua sobrevivencia. Temos também a farmacia do Sargento Pimenta e o hospital da Dra. Lucy. Land Zeppelin é banhada por uma praia onde misteriosamente surgiu um submarino amarelo ilhado e hoje tornou-se ponto de encontro noturno dos jovens que querem endoidar também nessa áera campal tem o Rancho do Seu Raul e o Mágico e Misterioso Acamapamento, locais onde as pessoas da cidade passam as melhores trips nos finais de semana. Qualquer coisa pode ser encotrada e comprada no mercado do Coda. Em Land Zeppelin nada é proibido e ninguém rouba ninguém, nesse universo dentro de uma mente alucinada existe uma cidade dos sonhos, onde as pessoas trabalham e se divertem normalmente, como todo mundo nessa vida normal faz, mas não conta pra ninguem, aqui ninguem esconde suas vontades nem seus feitos e defeitos, ninguém tem vergonha do que faz ou se reprime pelas normas da sociedade, e não é o caos, é apenas diversão.

As pessoas em Land Zeppelin são pessoas normais, como as do mundo real, e temos as diversas personalidades, os legais, os amistosos, os ambiciosos, os relaxados, os trabalhadores, os sonhadores, os falsos, enfim, você irá conhece-los. Você vai ouvir muitas histórias dos personagens Jorge Arilson, James Página, Roberto Planta, Paulo, João Leno, Seu Estrela, o Mika Jégue, o Lua, Pedro Taussand e o mestre João Borra, além de diversas outras pessoas que aparecem por lá. Viva Land Zeppelin com a gente.

Até a próxima viagem.

Trilha Sonora: The Beatles - Sgt. Peppers Lonely Heart Club Band

O que é isso?

Mais um blog na rede... contenta-se com esta resposta?
É um blog para matar a vontade e a sede, limpar os ouvidos, clarear as imagens, agradar aos olhos, pensar, imaginar, criar, pirar, enlouquecer, chapar, viajar, rir... não, não sou uma caixinha de anfetaminas!

Mas afinal, então o que é Land Zeppelin se não mais uma droga ilícita?
Uma droga lícita... contenta-se com esta resposta?
Land Zeppelin é uma cidade criada na imaginação embriagada de um amante do bom e velho rock n roll. Uma cidade onde tudo acontece e vocês irão ler, não se assustem, pois mundo do que irão achar aqui faz parte do nosso mundo real, mas geralmente as pessoas não falam sobre isso. Em Land Zeppelin existem todos os tipos de pessoas, fatos, lugares e cotidianos, que serão descritos por algum desocupado que queria ter vivido sua juventude na década de 60 na magnifica Inglaterra.

ihhh... Será?
Sei lá... contenta-se com esta resposta?
Bom, não é um blog de música nem de fofoca, é simplesmente um blog sem muito motivo, mas com muita vontade, tesão e conhaque. Histórinhas criadas e passadas em Land Zeppelin irão rechear este blog. Mas como nem só de fantasia vive a web, você irá encontrar algumas reportagens, entrevistas, criticas, sejam elas do seu mundo ou de Land Zeppelin. A mente nada sóbria do criador de Land Zeppelin também deixará sempre uma indicação de um filme ou disco que está fazendo a cabeça do pessoal de Land Zeppelin e um ranking com 5 filmes e/ou discos que merecem um espaço no seu HD, provavelmente a cada viagem a Land Zeppelin vocês serão presenteados com novas histórias e atualizações de todas essas coisas legais que você vai achar por aqui.

Explica de volta?
Claro... contenta-se com esta resposta?
Pare de fazer pergunta dificil e venha pra Land Zeppelin, acompanhe essa escadaria para o céu, pegue suas anfetaminas e embriague-se de nossas histórias, sem pudor e leis, mas com muita bebida e música boa, Land Zeppelin está nos sonhos de todos nós. Come Together!