sexta-feira, 31 de julho de 2009

As ondas sonoras criaram um apelido


Era um esperado dia em Land Zeppelin, todos se preparavam para um show que iria rolar, vale dizer que preparavam-se psicologicamente, fisicamente e alcoolicamente. O ponto de aquecimento foi o Anjos do Balcão, é claro. Todo mundo foi se encontrando e os copos enchendo e esvaziando. No bar também tava o pessoal das Pedras, a banda que iria tocar a noite no palco montado na rua.

O pessoal ali da cidade havia agilizado um show no meio da rua, que seria aquela noite, a banda escolhida foi a banda do Micka, do Keita, o pessoal chamava eles de Os Pedras. Os caras mandavem bem, falavam de flores mortas, simpatia com o demônio, mas a energia dos caras era bem positiva.

Só pra variar, todo mundo se embriagou no Anjos do Balcão, e aos poucos foram descendo a rua em direção ao tal palco. O pessoal da banda estava bem empolgado, bebado e alucinado. Eles chegaram e ficaram bebendo e se entorpecendo ao lado do palco, até um deles lembrar que eles deviam subir e tocar. Lá foram eles.

A energia era impressionante. Aquele magricelo meluco dançando no palco, o cara detonando a guitarra e nos olhava com uma cara como se não soubesse o que estava rolando, uma quebradeira, foi muito foda. O público pulava, dançava, bebia, algumas das groupies que apareceram aquele dia ateh tiravam suas blusas deixando os seios a mostra, mais uma loucura.

Era um show que nunca acabava, eu já tinha ouvido a simpatia do demonio, as flores mortas, não pare, e uma canção onde Micka falava pra passarmos a noite juntos, e toda aquela galera curtindo o bom rock n roll foi no embalo e a noite rolou movida a rock, alcool, sexo e anfetaminas.

Visivelmente o Keita estava completamente drogado, fora de si, em uma viagem que com certeza poderia chegar a Land Zeppelin, até parecia que ele conversava com o amplificador.

Depois do fim do show a diversão continuou. Cerveja e groupies para a gente! Durante todo esse pós show, o Keita veio andando atá o meio do pessoal, parou no meio da roda e ali fez história, começou a contar sua experiencia do dia:

-"Não sei se exagerei hoje, mas o amplificador falava comigo, eu via nas ondas do som letras do alfabeto, tudo colorido, ele ia falando elas uma por uma... A, B, C, D, E(...)Q, R, S, T, U... quando chegou nessas três últimas travou ele ficava as repetindo e ia falando comigo: S, T, U... S, T, U... S, TU... STU... STU... STU...STU. Foi isso que eu ouvi a noite inteira, o amplificador me chamou de STU a noite toda."

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Quando acabar o maluco sou eu


Como de costume depois do expediente em Land Zeppelin rolava o happy hour no Anjos do Balcão, estavamos lá, conversando e falando mal da vida, sempre acompanhados dos copos de cerveja, alguns na sinuca, outros no jornal, mas a maioria por ali jogando conversa fora e comendo amendoim... claro, depois de um dia tão estressante, mal sabem vocês que a vida é dura em Land Zeppelin.

Quarta-feira, dia de futebol, o happy hour se prolonga até o jogo, e o bar vai lotando, até parece que é sábado. Até o Seu Raul aparece por lá, ele que nunca sai do sitio, resolveu ir tomar umas cervejas com os amigos. Jorge Arilson chegou também, e a roda foi crescendo, cerveja vai e cerveja vem, os copos iam esvaziando cada vez mais rapido e as mesmas histórias cada vez mais engraçadas.

Seu Raul, o velho sentado na porta do bar, era o centro da conversa, todos prestavam atenção nos seus contos mirabolantes, coisas da cabeça de um Raul, só podiam mesmo. A maioria delas divertidas demais, as histórias e o fumo nunca acabavam, e ninguém lembrou-se da porra do jogo, as histórias estavam demais, uma maluquisse.

Já bem tarde da noite, depois de muita embriaguez e vários tipos de pirações diferentes, eis que avistamos um cara subindo a rua do Anjos, chapéuzinho quadrado e violão nas costas, o cara só nos olhou e falou:
-Eu vim da highway 61, e as histórias são boas.

Nós queriamos continuar ouvindo as histórias do Seu Raul. Mas ocorreu um minuto de silencio repentino após as nossas fichas caírem... "Highway 61??? as histórias devem ser boas".

Voltamos a atenção a roda de pessoas e Seu Raul e o tal cara que niguém conhecia estavam se olhando como se se conhecessem há vários anos, velhos amigos. O cara tirou aquele chapéuzinho quadrado, vestiu os óculos escuros, olhou para o Seu Raul e falou:
-Continue suas maluquisses, também quero ouvir.

E as histórias continuaram, o conto sobre uma mosca na sopa e um tal carimbador maluco, não sei da onde ele tirava essas histórias, talvez fosse culpa da droga e da bebida. Mas a criatividade realmente era fantastica, e o cara lá, vivendo naquele sitio muito louco.

Lá pelas tantas, Seu Raul direciona a pergunta ao maluco da highway 61:
-Mas como você se chama, meu amigo Pedro?
-Pode me chamar de judeu.

Caímos na gargalhada né, todos. Como poderia judeu ser o apelido de alguém. Mas enfim, o cara não se abateu e manteve o ar de mente brilhante. Enquanto riamos, ele recolocou seu chapéu, pegou o violão e começou a cantar uma história.

O cara era realmente doido... ficava nos perguntando em suas canções qual era a sensação de ser uma pedra rolante. O Micka e o Keit Ricardo que gostaram.

De repente, o doido simplesmente virou as costas e saiu cantando e tocando aquele violão velho, as ultimas palavras que dava pra ouvir eram "Eu vou morar por aí". Tomara, pois o cara até que era divertido. Tomara que volte sempre.

Quando aquela sombra tocando e andando sumiu rua abaixo, Seu Raul logo falou:
-"E depois o maluco sou eu..."


Trilha Sonora: Bob Dylan - Highway 61 Revisited

sábado, 18 de julho de 2009

Valendo uma guitarra


Consegui, cheguei em Land Zeppelin em pleno sábado de madrugada, imaginei que já iria encontrar todos enlouquecidos correndo pelados pelas ruas, afinal de contas era sábado. Corri para o Anjos do Balcão, cheguei lá e surpresa... Cade o rock em volume excessivo, as groupies semi nuas se esfragando em todo mundo, a gritaria, as bandejas coloridas e as garrafas de rum? Ufa.. as garrafas de rum eu achei!

A farra era outra naquele dia, eis que chegou algo embrulhado no boteco a tarde, uma caixa grande e pesada, onde tinha uma carta propondo um torneio de sinuca, e o vencedor levaria aquela caixa, me contou o Jorge Arilson. Eles abriram o tal embrulho e lá estava uma guitarra maravilhosa, modelo único, numerada 001, uma gruitarra de corpo branco, braço preto, detalhes em dourado e um falcão desenhado no seu escudo dourado. A guitarra brilhava, era algo fantastico, nunca visto pelas almas embriagadas que frequentavam aquele boteco.

Como era de esperar, iniciou-se o tal torneio de sinuca. Explicado o motivo de tanta concentração dentro do Anjos do balcão naquela noite. A paisagem do ambiente era engraçada, incomum, eu diria, mas como bom curioso que sou, sentei e começei a observar.

No verso de um velho cartaz de propaganda de pinga barata estava a tabela, colada na parede e feita com uma caneta vermelha, Seu Raul era o responsável por anotar os resultados, em volta da mesa estavam os participantes, poucos premiados a concorrer ao falcão branco, como apelidaram a tal guitarra. Nas mesas estavam alguma groupies bebendo e fumando, as mais fanáticas estavam junto de seus "amigos" prediletos, massageando e acareciando durante a preparação para a próxima partida.

Me concentrei no torneio, fui acompanhar a competição, o Mestre Borra ganhou do seu Estrela e se classificou para a proxima partida. Na outra João ganhou dos irmãos Jovens (sei lá como, mas eles estavam jogando em 2 contra 1). Página e João Paulo tramaram um duelo também onde o Página saiu vencedor. E o outro classificado foi Endriquez após ganhar do meu amigo Jorge. Jorge, desclassificado, pegou um litro de rum, 2 groupies e veio até a mesa onde eu estava.

Proposta cretina essa dele, o litro de rum e as groupies, óbvio que esqueci de acompanhar as demais partidas. Pegava alguns detalhes, como o Mestre Borra ganhando um sexo oral de uma groupie enquanto se preparava para a partida contra o Página, e quando foi chamado para a partida ele desisitiu para continuar recebendo o favor da sua "amiga".

O tal torneio ia rolando e o nosso litro de rum acabando, as groupies da nossa mesa já estavam se beijando, eu em ponto de querer entrar na festa ouvi os gritos do João: "Ganhei, ganhei, ganhei". João ganhou a última partida e seria premiado com a tal Falcão Branco 001. Eu e o jorge não estavamos nem aí para aquele doido varrido animado por ter ganho aquela guitarra, nosso estado era ruim e nossas vontades piores ainda, aquelas groupies estavam querendo sacanagem (só pra variar).

Quando achei que ia me dar bem, Jorge me olhou e disse:"-Man, estamos indo, até a próxima". Eu me perguntei: Como assim? Até a próxima, e eu? E ele foi levantando da mesa com as duas groupies abraçadas, pegou mais uma garrafa de rum do balcão e se mandou com as gurias.

Foi uma coisa estranha, duas groupies safadas, litros de rum, torneio de sinuca, uma guitarra branca... vai entender essa Land Zeppelin. Talvez o fato do João ter ganho aquela guitarra tenha sido importante e seja isso que eu lembre dessa experiência pro resto da vida e não de que elas estavam as duas ali tão fácil e eu não comi ninguém!


Trilha Sonora: Júpiter Maçã - A 7ª Efervescencia

sexta-feira, 17 de julho de 2009

As backmaskings do Página


Era uma noite de sexta-feira qualquer, todos reunidos no Anjos do balcão decidindo o futuro da noite. Nem imaginavamos que a loucura aquela noite iria além do normal.

Desde o começo notei que o Página não estava em seu ânimo normal, parecia que previa que algo o esperava naquela noite e até exagerou nas suas doses. Mas como o ambiente no Anjos do Balcão nunca é ruim, logo começou a farra, garrafas de rum para todos os lados, cigarros e as groupies chegando, como normal. A jukebox começava a engrenar, as pessoas a dançar e esvaziar seus copos.

Como sempre, o rock e os entorpecentes rolando, Página tomou conta do ambiente, movimentos esquisitos e palavras estranhas, parecia que falava algo de trás pra frente, ninguem entendia nada, até que resolveram gravar. A pergunta era: Quem vai querer ouvir algo que foi gravado ao contrário?

Quando a euforia diminuiu todos se sentaram em um círculo, Página pegou um violão e a diversão da noite estava garantida, o rock ia rolar solto nas mãos daquele entorpecido, e de repente recomeçaram as palavras confusas, e quando pensaram em gravar novamente ele começou a compor novas canções, era algo estranho, mas ele falava: "- Essas não ouçam ao contrario, não vou fazer pra isso."

Página compos um solo de incio de música fantástico, uma música linda, a sensação ao se ouvir aquilo era inexplicável, fazia os pensamentos flutuarem, relaxante, uma escadaria até o céu. Ouvimos aquilo e ficamos impressionados, Página não tocou mais, apenas largou o violão, levantou e falou indo embora:
-"Algumas pessoas ainda vão achar coisas ruim nisso tentando entender o que eu quis dizer, vão revirar e ouvir até de trás pra frente procurando meu erro e vão se enganar, é tudo uma mera coincidencia."

Não vimos mais o Página naquela noite, mas a vontade de ouvir de novo aquelas notas era imensa. Sem entender o que ele quis dizer antes de ir embora ficamos pensando e ligando os fatos da noite, e achamos que ele não esconderia nada em suas canções, mesmo assim, após revirarem procurando algum defeito as pessoas iriam criar um.


Trilha Sonora: Led Zeppelin - IV

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A descoberta da ressaca e do submarino amarelo


-Bom dia!
-Bom di... onde estou??????????
-Relaxa man, essa é nossa praia.

Eu não acreditava, eu consegui acordar em Land Zeppelin, a diversão deve ter diso intensa.
Em minha volta estavam todas aquelas pessoas do dia seguinte, umas acordando peladas, outras já em pé correndo pela praia, outras já bebendo as primeiras cervejas do dia, numa rodinha estavam o Página, o Planta, João Paulo, o Borra e o Endriquez já rodando o primeiro cigarro, e em toda praia muitas, mas muitas das tais groupies.

Achei o Jorge e fui perguntar como tinhamos ido parar lá. E por incrivel que pareça ele me respondeu:
-Não sei, ninguém sabe, nunca sabemos.
-Como assim? - Perguntei desentendido.
-Sempre que a farra é boa e todos ficamos bebados dormindo na esbórnea, no outro dia acordamos aqui na praia, sei lá, alguém nos teletransporta, essa praia do submarino é mágica, alguma força desconhecida nos traz pra cá, aí é só acordar e correr pro mar que não tem ressaca, como se fosse mágica, ou sei lá, deve ser coisa desse submarino amarelo.

Realmente havia um submarino amarelo ali, e eu tinha certeza de que já tinha ouvido algo sobre um submarino amarelo em algum lugar, mas enfim, não consegui conter a curiosidade e tive que perguntar ao Jorge:
-Mas e esse submarino, da onde?
-Ótima pergunta, man. Ele simplestemente apareceu aí, os primeiros a verem foram o Paulo e o João, eles estavam aqui, na praia e de repente viram uma luz muito forte na água, sabe-se lá o que eles haviam tomado, e se jogaram atrás da luz. Eles me contaram que simplesmente bateram a cabeça em algo muito forte, brilhante e amarelo, e apagaram. Quando acordaram estavam na superficie, em cima das ferragens amarela de um velho submarino e sem dor nenhuma.
-Com certeza é algo milagroso esse tal submarino amarelo. - Respondi.

Fomos caminhando na areia em direção ao mar que banhava o submarino milagroso, desviando aquelas groupies peladas deitadas na areia e saceadas de sexo... ahhh o rock! As pessoas recém acordadas corriam para o mar e saiam novas, já reiniciando a bebedeira e toda a loucura. Um feriado sem fim? Uma diversão sem fim? Foram as perguntas que fiz ao Jorge enquanto viamos uma groupie nua pedir um trago do cigarro do Página e já levar a mão dele ao seu seio.

-Respondendo a sua primeira pergunta: O feriado acaba sim, amanhã só. Hoje a farra é menor, é só para rebater a bebedeira de ontem e as pessoas começam a ir embora.
-Que loucura!
-Realmente, uma loucura, mas isso é Land Zeppelin, meu caro. Nós somos os "nowhere mens", e, respondendo sua segunda pergunta, feriado ou não, aqui a diversão não acaba nunca.

Não podia ser melhor, a água que vinha daquele submarino realmente era mágica, tão limpa que podiamos ver os pés, e também duas garotas peitudas se beijando a poucos metros de nós. Jorge me olhou e falou que sua ressaca já tinha ido embora e que estava indo cumprir sua obrigação, e, lá foi ele em direção as duas gurias que se beijavam, com certeza se divertiram muito.

Minha curiosidade era tão grande que não resisiti a um mergulho em direção ao submarino, me afundei na água e já não lembro de mais nada, mas tenho certeza, eu vi o submarino amarelo!


Trilha sonora: The Beatles - Yellow Submarine

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Um brinde ao rock


Feriado em Land Zeppelin... acabo de chegar e me pergunto: Feriado? Por que?

E, como se não fosse óbvio, veio lá de cima aquela voz batendo como um grave compulsivo acompanhado de todas as viradas de bateria possíveis: "Dia mundial do rock, meu filho!". Era o Mestre Borra dando sua palavra.

Fiquei sem saber se isso era bom ou ruim, Como será um feriado em Land Zeppelin? Mas enfim, caminhei até o Anjos do Balcão e nao havia ninguém, nem mesmo garçonetes. Seria esse um dia mundial do rock muito sem graça. Sai do boteco e continuei andando pela cidade procurando alguma alma viva a fim de entorpecer.

Parecia que ja fazia uma eternidade que eu estava sozinho ali naquela cidadezinha deserta, mas foram só algumas músicas (o que restava da minha consciencia havia me lembrado disso) e então, junto com Shot Down vieram algumas pessoas correndo na rua como se tivessem atrasadas para algo, sem me questionar resolvi segui-los. E acertei!

Chegamos em um local afastado da cidade, tinha mato, e apenas mato, por toda parte. Logo a frente um portão de fazenda, escrito "Sitio do Seu Raul", e a medida que fomos nos aproximando fui ouvindo aquele barulho conhecido e agradável... É rock!

Parecia com um Woodstock miniautura, no fundo um palco, em uma das laterais um bar, na outra uma mistura de pessoas nuas, umas urinando, outras usando drogas e outras fazendo sexo. No meio do povo que assistia um cara com umas roupas esquisitas e muito coloridas botar fogo em uma guitarra estava aquele magricelo estranho, com o mesmo terno, gravata e botas da ultima vez que o vi. Me aproximei de Jorge, enquanto delirava com a guitarra em chamas ele me reconheceu e foi me apresentando umas pessoas novas, eram o Estrrela, o Paulo e o João... - "Aqueles das groupies"- disse ele.

Paulo virou pra mim e disse:"Man, é a maior celebração de rock da Land, o melhor feriado de todos, divirta-se!" Foi o que fiz... O som não acabava nunca, muito menos a cerveja e o rum. Entrei num transe inexplicável, ouvia uns caras tocar, aquilo sim era rock n roll, os acordes de dois irmãos chamados de Jovens entravam rasgando meus timpanos, uma diversão perfeita.

O dia mundial do rock, com muito rock, e, cada vez mais rock!Eu olhava a minha volta e havia cada vez mais pessoas, lembro de ter encontrado algumas delas no dia do Anjos do Balcão com o Jorge. Estavam todos lá: Página, Planta, Jorge, Paulo, João, Estrela, o Lua, Bom Escort, o Mika, o Élvio, José Ramone, os irmãos Jovens, Seu Raul, o Curto Kobam, Endriquez e até o mestre Borra pulava entorpecido. E, de repente, como se fosse combinado, todos os copos de cerveja se ergueram em um movimento sincronizado e ouviu-se palavras mágicas ditas por todos em uma só voz: "UM BRINDE AO ROCK!!!"... e então todos aqueles copos esvaziaram-se rapidamente garganta a baixo daqueles doidos varridos sedentos por rock, cerveja e diversão.


Trilha Sonora: ACDC - Highway to Hell

sábado, 11 de julho de 2009

A primeira impressão é a que fica



E tudo foi ficando colorido, a música entrava profundamente na minha cabeça, e eu conseguia ouvir barulhos, conversas, carros, quando dei por mim, lá estava eu num lugar muito estranho. As pessoas eram conhecidas, estavam todas embriagadas e se divertindo, mas afinal, onde eu estava? Me vi meio perdido no meio de uma rua, sem saber o que estava acontecendo, e, de repente eu escuto uma voz "Bem vindo a Land Zeppelin". O que foi que pensei? Morri, é claro... overdose? E aquela pessoa falava comigo se aproximando: "Não se assuste, aproveite, daqui a pouco tudo vai voltar ao normal." E foi aí que me toquei: "Devo estar nos meus sonhos..."

Aquela pessoa magricela, vestindo um terno preto, camisa branca, gravata slim e uma botinha veio andando em minha direção com uma bag de violão nas costas e me falou: "E aí, eu sou o Jorge Arilson, e você quem é?" Sem tempo de responder aquela pergunta, o cara que parecia um beatle já me puxou e fomos caminhando em direção a um bar com um letreiro mal feito na frente onde estava escrito "Anjos do balcão". Entrando no tal bar, vi várias pessoas, elas tomavam cerveja e ouviam a canção Sweet Virginia dos Stones, logo pensei: "É aqui mesmo!". Nisso o Jorge vira pra mim e fala que aquele era o lugar onde as pessoas legais de Land Zeppelin se reuniam e com certeza eu iria querer voltar.

Jorge começou a me apresentar as pessoas:
- Aquele com a cabelera é o James Página, é um dos melhores com uma guitarra. O outro ali acendendo o cigarro é o Mika. O doidão sem camisa é Bom Escort, aquele outro dançando feito louco pode chamar de Lua. Ah, e aquele ali flertando a gatinha é o Roberto Planta.
- E a guria quem é? - Perguntei.
- Não sei, elas sempre aparecem aqui e desaparecem, ficam por ai dando mole pra gente e depois somem. O João Leno e o Paulo deram o nome de groupies pra elas, nunca sabemos quem são mas sempre tão por aí com a gente.

O disco dos Rolling Stones na vitrola, as pessoas bebendo, dançando e se pegando, eu assistia tudo aquilo ainda meio sem entender, mas confesso que estava achando muito legal. Era algo sem explicação, aqui as pessoas são legais, ouvem rock, fazem o que querem sem vergonha do que os outros vão pensar. Gostei!

E de repente a música foi ficando baixa e as pessoas desaparecendo, a ultima coisa que me lembro é a voz do Jorge gritando: "Volte sempre, man!"


Trilha Sonora: Rolling Stones - Stripped

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Não é um blog sobre o Led Zeppelin


Land Zeppelin é o nome dado a cidade de fantasia criada na mente embriagada de um alucinado sem lembranças da vida real, a cada volta de uma viagem somente lembranças da fabulosa land zeppelin. Na irreversível vontade de contar os acontecimentos vistos ou vividos por ele em land zeppelin surgiu o blog da cidade imaginaria. Uma anfetamina, um disco no aparelho de som e na volta sempre boas histórias. E como amante do bom e velho rock'n'roll, sempre no final de cada post estará o disco que foi a trilha sonora do encontro com Land Zeppelin da vez.

É uma cidade pacata, apenas algumas ruas, muitas subidas e descidas, alguns bares, mas o maior de todos, o famoso "Anjos do Balcão", o ponto de encontro do rock n roll, tudo liberado, bebida, drogas, putas e foguete. A cidade é governada pelo mestre João Borra, e tem uma repartição pública onde a maioria dos habitantes trabalham durante o dia para tirar sua sobrevivencia. Temos também a farmacia do Sargento Pimenta e o hospital da Dra. Lucy. Land Zeppelin é banhada por uma praia onde misteriosamente surgiu um submarino amarelo ilhado e hoje tornou-se ponto de encontro noturno dos jovens que querem endoidar também nessa áera campal tem o Rancho do Seu Raul e o Mágico e Misterioso Acamapamento, locais onde as pessoas da cidade passam as melhores trips nos finais de semana. Qualquer coisa pode ser encotrada e comprada no mercado do Coda. Em Land Zeppelin nada é proibido e ninguém rouba ninguém, nesse universo dentro de uma mente alucinada existe uma cidade dos sonhos, onde as pessoas trabalham e se divertem normalmente, como todo mundo nessa vida normal faz, mas não conta pra ninguem, aqui ninguem esconde suas vontades nem seus feitos e defeitos, ninguém tem vergonha do que faz ou se reprime pelas normas da sociedade, e não é o caos, é apenas diversão.

As pessoas em Land Zeppelin são pessoas normais, como as do mundo real, e temos as diversas personalidades, os legais, os amistosos, os ambiciosos, os relaxados, os trabalhadores, os sonhadores, os falsos, enfim, você irá conhece-los. Você vai ouvir muitas histórias dos personagens Jorge Arilson, James Página, Roberto Planta, Paulo, João Leno, Seu Estrela, o Mika Jégue, o Lua, Pedro Taussand e o mestre João Borra, além de diversas outras pessoas que aparecem por lá. Viva Land Zeppelin com a gente.

Até a próxima viagem.

Trilha Sonora: The Beatles - Sgt. Peppers Lonely Heart Club Band

O que é isso?

Mais um blog na rede... contenta-se com esta resposta?
É um blog para matar a vontade e a sede, limpar os ouvidos, clarear as imagens, agradar aos olhos, pensar, imaginar, criar, pirar, enlouquecer, chapar, viajar, rir... não, não sou uma caixinha de anfetaminas!

Mas afinal, então o que é Land Zeppelin se não mais uma droga ilícita?
Uma droga lícita... contenta-se com esta resposta?
Land Zeppelin é uma cidade criada na imaginação embriagada de um amante do bom e velho rock n roll. Uma cidade onde tudo acontece e vocês irão ler, não se assustem, pois mundo do que irão achar aqui faz parte do nosso mundo real, mas geralmente as pessoas não falam sobre isso. Em Land Zeppelin existem todos os tipos de pessoas, fatos, lugares e cotidianos, que serão descritos por algum desocupado que queria ter vivido sua juventude na década de 60 na magnifica Inglaterra.

ihhh... Será?
Sei lá... contenta-se com esta resposta?
Bom, não é um blog de música nem de fofoca, é simplesmente um blog sem muito motivo, mas com muita vontade, tesão e conhaque. Histórinhas criadas e passadas em Land Zeppelin irão rechear este blog. Mas como nem só de fantasia vive a web, você irá encontrar algumas reportagens, entrevistas, criticas, sejam elas do seu mundo ou de Land Zeppelin. A mente nada sóbria do criador de Land Zeppelin também deixará sempre uma indicação de um filme ou disco que está fazendo a cabeça do pessoal de Land Zeppelin e um ranking com 5 filmes e/ou discos que merecem um espaço no seu HD, provavelmente a cada viagem a Land Zeppelin vocês serão presenteados com novas histórias e atualizações de todas essas coisas legais que você vai achar por aqui.

Explica de volta?
Claro... contenta-se com esta resposta?
Pare de fazer pergunta dificil e venha pra Land Zeppelin, acompanhe essa escadaria para o céu, pegue suas anfetaminas e embriague-se de nossas histórias, sem pudor e leis, mas com muita bebida e música boa, Land Zeppelin está nos sonhos de todos nós. Come Together!