terça-feira, 13 de abril de 2010

Estamos de volta, e minha cabeça agradece


Não, não era um retiro espiritual, muito menos férias coletivas, talvez uma ressaca das fortes, sei que foi algo suficiente pra impedir as visitas e a habitação na cidade dos sonhos.

Essa onde de natal, show da virada, férias na praia, rebolation, carnaval e essa moda sertaneja que não passa dessa vez foi tão lazarenta que até mesmo os "Deuses" do rock que habitam Land Zeppelin resolveram fazer um recesso. Não sei como vocês aguentam essa babaquice!

O importante é que num desses dias de tristeza e saudade do refugio mental desse mundo brega foi que uma luz me bateu... Cheguei! Estamos de volta! Cara, minha cabeça agradeceu imensamente, assim como eu agradeci a mim mesmo, foi muito bom estar de volta no meu planeta, já que eu, na minha humilde insignificancia torço com todas as minhas forças para realmente não ser parte dessa palhaçada que é a época que vivemos.

Foi dificil "estabelecer contato" mas cá estou eu de novo. De longe eu já ouço a vitrola do Anjos do Balcão rolando o Let It Be, a medida que me aproximo o som aumenta, mas tem algo estranho.

O eco, a falta de falatório, não ouço barulho de cervejas se abrindo nem fortes puxadas de nariz, muito menos as frequentes e altas gargalhadas. Mas confesso que só o fato de não estar num lugar onde alguma dupla sertaneja qualquer é o hit de audiencia já é agradável demais.

De cara com a porta do Anjos do Balcão a primeira surpresa, o bar vazio, ninguem, nenhum conhaque aberto, nenhuma partida de sinuca, e, nenhuma groupie! Mas o som tava rolando, Lennon incansável nas faixas de Let It Be me fazia compania.

Abri uma breja, joguei uma sinuca sozinho, mais uma sinuca sozinho, abri mais uma breja, mais outra, sentei numa mesa, tomei mais uma, fiz nada por um bom tempo curioso com o que estava acontecendo.

Acabou o disco e pensei, tá na hora de voltar. Mas não, quase no momento da volta deu mais um toque e o coração bateu mais forte, ouvi os barulhos, tomei mais um gole e corri para fora do bar. Era um balão dirigivel todo de chumbo descendo em land zeppelin! Caralho, que loucura.

O balão pousou e lá estavão todos, o Jorge Arilson, o Planta, o Pagina, o João e o Paulo, até o mestre Borra.

Tranquilizante, minha mente estava normal. Por um momento pensei ter sido afetado pelas porcarias da música moderninha e perdido meu refugio mental, mas não, eu estava ouvindo: Nós estamos de volta!

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